Pelo centro da cidade, ou até mesmo nos bairros, é notório o crescimento de moradores de rua. São pessoas que estão a margem do sistema econômico, e, pelos motivos mais diversos, transformam as ruas como suas moradas.A quantidade de moradores de rua é controversa, mas nota-se um acréscimo em áreas de grande movimento do centro no centro da cidade e nas proximidades de abrigos e órgãos assistenciais.Quem passa pelo largo da Catedral Metropolitana após as 20h, sabe que é o ponto de encontro de pessoas solidárias às necessidades dos moradores de rua. Todos os dias da semana é possível encontrar um grupos que levam alimentos ou um prato de comida para quem precisa.
Na segunda-feira, quem estava em atividade era o projeto “Além dos olhos”, coordenado pela Dona Sonia Oliveira da Silva. Este projeto surgiu em uma reunião de amigos, idealizado pela filha da Dona Sonia que encontrou uma forma diferente de comemorar o aniversário: ajudando o próximo.
O grupo já está com três anos e serve jantar para cerca de 200 moradores de rua, no largo da catedral. Todas as refeições são feitas na casa da coordenadora, com doações e ajuda dos voluntários.
Também levam marmitas para moradores que ficam em pontos fixos do Centro, pois notaram que se os moradores deixarem seus pertences para buscar comida, ao retornar perdem o lugar e os pertences para outros moradores.
Para André Schaefer, presidente do movimento Pop Rua, faltam políticas públicas para assistência a essa população. Uma reivindicação antiga, por exemplo, é a instalação e funcionamento de banheiros públicos nos fins de semana.Assim, enquanto as políticas públicas não estão sendo feitas, os moradores de rua de Florianópolis ficam na dependência da ajuda dos voluntários..
Fotos André Arcênio
Texto Alessandra Vieira de Almeida